Ler para os filhos: Pais que leem para seus filhos tornam-se pais melhores, diz estudo
Muitas pesquisam mostram que a leitura pode fazer você mais feliz e viver mais, mas também pode ajudar os homens a se tornarem melhores pais, de acordo com um novo estudo publicado no Journal of Clinical Child & Adolescent Psychology. Incentivar os pais a ler para os pré-escolares não só beneficiou os pequenos, mas também melhorou as habilidades dos pais ao mesmo tempo. Essa é uma pontuação para os leitores de livros de todas as idades.
Enquanto muitos estudos semelhantes se concentram em mães, cientistas da Universidade de Nova York decidiram dar uma olhada nos papais. Eles recrutaram 126 pais de escolas da cidade para participar de um projeto chamado “programa de prontidão escolar”, não era uma aula para pais.
Quando alguém lhe diz que está em um curso de paternidade, a primeira coisa que vem à sua mente é: “bem, o que há de errado com a paternidade?”
A apresentação do projeto funcionou. As sessões tiveram uma taxa de participação de 79%, um número surpreendentemente alto para um programa voltado para os pais. Em cada aula, os homens (que eram em sua maioria de baixa renda e falantes de espanhol) assistiam e discutiam vídeos de outros pais lendo para seus filhos, e então praticavam o que aprendiam em casa. E depois de oito semanas, as famílias do programa viram grandes resultados.
Em comparação com aqueles em uma lista de espera, os pré-escolares pontuaram 30% mais em testes que medem o desenvolvimento da linguagem e a prontidão escolar. Quanto aos pais, eles melhoraram em pelo menos 30% em habilidades parentais, como estabelecer rotinas, recompensar o bom comportamento e usar o tempo livre com mais sabedoria.
Basicamente, encorajar o pai a desenvolver esse hábito pode ter grandes benefícios.
Para ajudar nisso, nós podemos indicar três bons livros, de acordo com a plataforma O Cliclorama para ler para os filhos:
O primeiro é o premiado livro “O homem que amava caixas”, de Stephen Michael King, tradução Gilda de Aquino, editora Brinque-Book. Esta é a história de um pai que amava seu filho, mas tinha muita dificuldade em expressar seus sentimentos. Então, para demonstrar seu afeto, o pai decide construir brinquedos com suas preciosas caixas, fazendo a alegria diariamente do filho. E assim, mesmo sem palavras, pai e filho trocam amor e carinho através das caixas de brinquedo. Assim, o filho, que também amava muito seu pai, compreende seu amor e sente segurança nessa relação. Este livro é lindo! Uma história profunda com um texto simples que crianças bem novinhas, a partir de 03 anos, já conseguem compreender.
O outro livro é o “Mas papai…” de Mathieu Lavoie, ilustrado por Marianne Duboc, Editora Jujuba. Nesta história o papai tenta colocar seus dois filhos macaquinhos para dormir. Quem tem filho sabe que esta nem sempre é uma tarefa fácil, e que na hora de dormir, as crianças criam histórias mirabolantes para continuarem acordados. E o papai Macaco passa a noite inteira falando “Boa noite, macaquinhos…” E em cada página os filhos inventam uma desculpa diferente: “Mas papai, temos que colocar os pijamas”, “Mas papai, temos que beber água…”. Haja criatividade para enrolar o papai a noite inteira!
Este livro pode ser bem divertido para os pais lerem com seus filhos. Afinal, toda semelhança pode não ser mera coincidência… Alguém já ouviu dizer de crianças que não querem dormir de jeito nenhum? E que os pais passam noites inteiras acordadas inventando histórias para o boi dormir, ou para “macaquinhos dormir”?
Por último, o livro “Papai e eu, às vezes”, de María Wernicke, tradução Carla Caruso, Editora Callis. Esta história é narrada em primeira pessoa, na voz de uma criança que fala como é a presença do seu pai de acordo com seu ponto de vista. A figura do pai lhe parece incerta em alguns momentos, incompreensível em outros, mas de alguma forma está sempre presente, até mesmo em sua ausência.
Neste livro a ilustração auxilia na compreensão do universo plural de estar perto e longe ao mesmo tempo. Em cada página, do lado direito a ilustração usa tons de cinza e branco, enquanto do lado esquerdo há traços como se fossem as garatujas da criança desenhando em contexto com o pai. As páginas do livro são como uma tentativa de aproximação do universo da produção gráfica da criança, combinando harmoniosamente o traço do nanquim com os tons de cinza e preto e da tipografia.
O livro é sensível, bonito, e mostra a questão da presença e da ausência da figura do pai e da segurança que um filho tem perto ou longe de seu pai.
Nós adoraríamos saber como é a leitura na sua casa. Tem alguma dica de livro para nós?
Chefiada pela doutor Joseph El-mann, graduado em Medicina pela Universidade Federal Fluminense (UFF), a clínica especializada em pediatria e neonatologia, Joseph El-mann, oferece diversos serviços ligados à pediatria e neonatologia. Entre em contato e agende sua consulta.