O imaginário infantil: Até próximo aos três anos de vida, a criança se ocupa da concretude do mundo. O fazer e tocar são as formas com que seu vocabulário e imaginário se constroem. O passo seguinte, por volta dos quatro e cinco anos é o da abstração, do pensamento e internalização dessas formas, em que a criança se ocupará do pensar e a linguagem interna construirá o elenco de formas e significados que farão parte do seu arcabouço do imaginário e fantasia.

A fantasia, portanto, ganha forma nos processos de aquisição da linguagem e, por conseguinte, do pensamento da criança. Jogos simbólicos, amigos imaginários, pequenos sonhos e principalmente os contos, começam a fazer parte integrante da construção infantil e, ao brincar, a linguagem se consolida em uma verdade interna estruturante.

O conjunto dessas verdades faz com que a criança tenha respaldo lógico-estruturado para balizar sua tomada de decisão, sendo esse processo o precursor da sua inteligência emocional, tendo, assim, um imaginário infantil bem saudável.

Assim sendo, quando trazemos para o imaginário infantil histórias cujos personagens vivem dilemas e verdades conflitantes, dimensionamos para a criança o que significa tal conflito e a conduzimos a pensar em outras tantas maneiras de lidar e resolver essas demandas, iniciamos um processo de tomada de decisão muito mais saudável.

Fazemos com que sua autonomia diante de pequenas questões seja cada vez maior e que ela saiba se posicionar assertivamente para que seu controle emocional seja interno, não se deixando abalar com facilidade pelas pequenas frustrações. Contribuímos, assim, para a formação de um sujeito mais íntegro.

A leitura e conversa são fundamentais para que o “sujeito infantil” seja edificado. Enriquecer a linguagem e, como consequência, o pensamento, fará com que a tomada de decisão diante de qualquer conflito seja respaldada por uma lógica moral e de valores.

Três passos para a educação emocional

Ficam como lição três passos para contribuirmos na educação emocional das crianças para um imaginário infantil mais saudável:

1 – Leitura e conversa: contar histórias explicando os dilemas de seus protagonistas e fazendo com que a criança crie finais alternativos é fundamental para a construção da sua inteligência emocional.

2 – Pequenas frustrações educam: frustrar a criança mostrando a ela seus limites não é o mesmo que frustrar seus sonhos. No primeiro caso estamos falando de auto ajuste, em que a criança se reconhece como ser que falha e que precisa se corrigir. Sem isso não há educação nem ética.

3 – Construir o conceito do fazer o meu melhor, ao invés do fazer o possível: Quando fizer o melhor, independentemente do resultado, é o centro da tomada de decisão da criança, essa se torna mais focada e persistente, evitando assim más condutas como a procrastinação.

Chefiada pela doutor Joseph El-mann, graduado em Medicina pela Universidade Federal Fluminense (UFF), a clínica especializada em pediatria e neonatologia, Joseph El-mann, oferece diversos serviços ligados à pediatria e neonatologia. Entre em contato e agende sua consulta.

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